A métrica de cliques sempre foi o centro das campanhas de tráfego pago. Mas em 2025, uma nova pergunta está surgindo com força: será que o futuro das campanhas é mesmo sobre levar o usuário para fora da plataforma?
Com a evolução das experiências nativas — como catálogos interativos, formulários instantâneos e até checkout dentro da plataforma — o clique começa a perder protagonismo. Isso muda tudo para os gestores de tráfego: da forma como criamos campanhas às KPIs que escolhemos para medir sucesso.
Plataformas querem reter, não redirecionar
Facebook, Instagram, TikTok e Google vêm investindo pesado em formatos que mantêm o usuário dentro da experiência nativa. O Facebook Lead Ads e o TikTok Shopping são exemplos claros dessa tendência. Além de aumentar a retenção e o tempo de tela, essas soluções prometem jornadas de compra mais rápidas, com menos atrito.
Segundo o Think with Google, a redução de etapas no funil melhora significativamente as taxas de conversão, especialmente em dispositivos móveis. Isso está levando marcas a repensarem o destino final das campanhas: nem sempre o clique é o melhor caminho.
O que muda na estratégia de tráfego?
Na prática, isso significa adaptar criativos para que entreguem valor imediato. Um vídeo que antes servia como teaser agora precisa ser autossuficiente para gerar uma decisão. Os formulários instantâneos precisam ser responsivos, claros e pensados para conversão, e o remarketing deve ser estruturado com base em interações dentro da plataforma, não apenas visitas ao site.
Profissionais de mídia que se destacam são aqueles que dominam o design de experiências nativas e sabem como guiar o usuário dentro de jornadas mais curtas. Além disso, é fundamental revisar as métricas de sucesso. CTR e CPC continuam sendo importantes, mas agora devem ser analisadas junto a dados de engajamento, preenchimento de formulário e conversão integrada.
Como se adaptar a esse novo cenário?
A chave é testar formatos nativos com objetivos bem definidos. Comece com campanhas de geração de leads dentro do Facebook ou catálogos dinâmicos no TikTok. Analise os resultados com foco em eficiência e redução de atrito. Construa jornadas que entreguem valor antes do clique — e, se possível, dispense-o.
O futuro pode ser sem cliques, mas com muito mais conversões. Para isso, é preciso desenhar campanhas que respeitem o comportamento do usuário e tirem o melhor proveito das ferramentas nativas das plataformas.
