A evolução das campanhas de Performance Max no Google Ads vem sendo uma das maiores apostas da plataforma desde o seu lançamento. Mas agora, em 2025, a integração com modelos de IA generativa e recursos cada vez mais avançados mudou completamente o jogo — e quem trabalha com tráfego pago precisa entender essas transformações para não ficar para trás.
Neste artigo, explico como a Performance Max está se transformando com a inteligência artificial, o que muda no dia a dia de quem roda campanhas, e como tirar vantagem dessa nova fase da automação inteligente do Google Ads.
O que é Performance Max e por que ela está no centro da estratégia do Google
Lançada em 2021, a Performance Max (ou “PMax”) é um tipo de campanha que usa automação e aprendizado de máquina para encontrar os melhores públicos, formatos e canais para alcançar objetivos de conversão.
Ela entrega anúncios em todos os canais do Google com uma única campanha: YouTube, Display, Search, Discover, Gmail e Maps. O diferencial é justamente o uso intensivo de IA para testar criativos, otimizar lances, segmentações e posicionamentos em tempo real.
O que antes era promissor agora se tornou central. O Google vem direcionando mais investimentos, atualizações e recursos para campanhas PMax — e agora, com o uso da IA generativa, a experiência está se tornando ainda mais poderosa.
IA generativa no PMax: o que há de novo?
Desde 2023, o Google vem introduzindo IA generativa no Google Ads, e em 2024-2025, isso se consolidou na Performance Max. O principal avanço está na criação de criativos com base em prompts de texto. Em vez de depender exclusivamente de designers, agora é possível:
- Gerar variações de títulos e descrições automaticamente;
- Criar imagens com IA direto na interface do Google Ads;
- Produzir vídeos curtos adaptados ao público e aos canais.
Segundo o próprio Google, isso permite que pequenas empresas, agências e times de marketing escalem criativos com mais agilidade, mantendo a consistência e testando variações com mais velocidade.
Além disso, os recursos de insights baseados em IA ajudam a entender melhor o que está funcionando — inclusive oferecendo sugestões proativas de ajuste, palavras-chave e novos segmentos de público.
O que muda na rotina dos gestores de tráfego?
Para quem trabalha com tráfego pago, a IA no PMax muda o foco da operação. A lógica deixa de ser “controlar cada variável” para se tornar “alimentar o sistema com bons insumos e interpretar resultados”. A seguir, o que isso significa na prática:
Menos tempo em tarefas operacionais: a IA cuida de lances, testes A/B, segmentações e combinações criativas.
Mais tempo em estratégia: o trabalho do gestor passa a ser entender o cliente, construir boas mensagens e validar os dados que alimentam a campanha (como os sinais de público e criativos).
Adaptação na mensuração: os relatórios do PMax nem sempre mostram tudo com granularidade, então é essencial integrar com o Google Analytics 4, UTMs e ferramentas de BI para uma visão mais completa.
Novas habilidades em pauta: aprender a escrever prompts eficazes, interpretar insights baseados em IA e adaptar estratégias rapidamente se tornou parte da rotina.
Quais os desafios e limites da IA nas campanhas?
Apesar de promissora, a IA generativa ainda tem limitações. Os criativos gerados podem carecer de originalidade, e nem sempre refletem o tom da marca com fidelidade. Além disso, há risco de dependência excessiva da automação — o que pode fazer com que profissionais se acomodem e deixem de analisar com profundidade.
Outro ponto de atenção é o controle: como a IA faz escolhas baseadas em dados, nem sempre é possível visualizar exatamente por que uma decisão foi tomada. Isso exige mais atenção aos sinais e à qualidade dos dados alimentados.
O Google já foi criticado por excesso de opacidade nas campanhas PMax, o que reforça a importância de acompanhamento constante, testes manuais paralelos e benchmarks próprios.
Como se preparar para essa nova fase
Quem quiser aproveitar ao máximo as campanhas de Performance Max com IA em 2025 precisa combinar tecnologia com estratégia. Algumas ações essenciais incluem:
- Treinar a equipe para atuar como curadores de IA — ajustando criativos, refinando prompts e interpretando resultados;
- Investir em dados próprios (first-party data) e boas integrações de CRM para alimentar os sinais de público;
- Priorizar testes e documentação dos aprendizados, já que os resultados podem variar bastante por segmento;
- Usar recursos avançados do PMax, como Exclusões de marca, Segmentações geográficas detalhadas e Feed de produtos com metadados otimizados.
Conclusão
A IA generativa trouxe uma nova camada de inteligência para o Google Ads, especialmente nas campanhas de Performance Max. Para gestores de tráfego, a automação já não é mais uma ameaça, mas uma aliada — desde que seja bem compreendida e utilizada com estratégia.
Dominar essas ferramentas agora é o que vai separar os bons profissionais daqueles que apenas apertam botões. A nova geração de tráfego pago é estratégica, criativa e orientada por dados — com ou sem cookies, com ou sem controle total.
Prepare-se para ser esse profissional.